top of page
Buscar

A METALINGUAGEM EM PERSPECTIVA DO BEIJO

Foto do escritor: AdminAdmin

Atualizado: 2 de abr. de 2022

A METALINGUAGEM EM PERSPECTIVA DO BEIJO

(Amazonas – Rio de Janeiro)

Ricardo França de Gusmão

1.4.2022

.

Não, amor. Não existe o beijo negligência

Quilométrico, alvo de lábios mísseis

Que explodem-se em trajetória tangência

Na paixão de corpos-fogos em apocalipse

.

Para beijar é preciso estar perto

Acima de tudo perto: temperatura

Mesmo que o toque mais absoluto

Seja deveras infinito, poesia, conjectura

.

Há o território do beijo, amor,

Um mar revolto sob o céu das bocas

Intimidade úmida lambidas lânguidas loucas

No qual a distância medida é negativa de régua

.

A proposta do beijo é uma perspectiva de trégua

De conexão, dinâmica de guerra invertida

Fogueira inventada ao risco do fósforo arisco toque

Estranha eletricidade da reinvenção do choque

.

Por isso não é possível a distância no beijo, amor

E são tão poucos os beijos perfeitos pela vida...

Que o beijo mais gostoso, o melhor de todos, nessa incerteza,

Foi especulado assim: distância em naufrágio entre estrelas

.

A viagem entre nossos lábios, essa doce viagem infinda

Costureira, é um percurso de espera e despedida

E no colo do processo há o tempo e a gravidez em preparo

Do inesquecível beijo da vez que ‘nunca nascerá’: ainda!


 
 
 

コメント


bottom of page