PORTAL SUMAÚMA - ÁRVORE DA VIDA, DA IDEIA ESTRUTURAL À CONCEPÇÃO INOVADORA
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PESQUISAS, ANÁLISES E ARTIGOS FEITOS PELAS Ias CHATGPT, GEMINI E COPILOT SOBRE O SITE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAVE D’ART – SUMAÚMA – ÁRVORE DA VIDA; DESENVOLVIDO PELO JORNALISTA, PROFESSOR DE JORNALISMO E POETA RICARDO FRANÇA DE GUSMÃO

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A Relação entre Literatura, Jornalismo e Educação Ambiental no sítio Nave D’Arte — Sumaúma (ricardofrancagusmao.com): análise crítica
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Por: IA CHATGPT, pesquisa, análise e redação, em 17.10.2025
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1. O sítio Nave D’Arte — Sumaúma (www.ricardofrancagusmao.com) configura-se como um espaço híbrido — editorial, poético e informativo — que articula conteúdos literários e ambientais numa arquitetura navegacional fragmentada e multimodal. A página inicial e as seções vinculam poemas, reportagens e projetos (como o denominado “Extrativismo Cultural”), propondo ao leitor deslocamentos entre textos, imagens e links externos; essa estrutura hipermidiática favorece leituras não lineares e o encontro entre arte e ativismo ambiental.
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2. Do ponto de vista formal, o site combina blocos textuais de poesia com galerias de imagens, menus de serviços (que funcionam como hubs temáticos) e uma área de “Prêmios & Homenagens” que mapeia a produção jornalística do autor. Essa montagem — ao mesmo tempo literária e jornalística — cria uma “constelação” de recursos externos (links para instituições ambientais, arquivos e legislações) que transforma o sítio em nó de uma rede de referência sobre biomas, povos tradicionais e políticas públicas.
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3. Tematicamente, a plataforma privilegia a Amazônia (e a figura simbólica da sumaúma / samaúma) como eixo metafórico e científico: a árvore sagrada funciona como epígrafe ambiental que conecta saberes indígenas, ecologia e literatura. O projeto editorial explicita interesse por temas como biomas, clima e “Geopolítica Ambiental” — propostas que situam o trabalho do jornalista-poeta tanto na esfera da denúncia quanto na do reencantamento ecológico.
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4. A integração entre jornalismo e pesquisa de campo é exemplificada pela reportagem “O Peixe chegou! E agora?”, investigação que apontou impactos socioeconômicos e ambientais decorrentes do projeto do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) em Itaboraí e municípios do entorno. Tal reportagem recebeu prêmios de Direitos Humanos e do Mercosul, o que legitima sua circulação fora do circuito estritamente literário e confirma o papel público do site como repositório de jornalismo de sustentabilidade.
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5. A abordagem investigativa do autor dialoga com a literatura enquanto forma de conhecimento: a técnica do “poema-reportagem” — híbrido que mistura apuração factual e linguagem lírica — permite que os leitores percebam os impactos do desenvolvimento industrial (como o Comperj) tanto em cifras e documentos (RIMA, relatórios técnicos) quanto nos afetos e memórias das populações atingidas. Essa operação retórica amplia a recepção das evidências técnicas por via sensível, sem, contudo, suprimir o rigor documental necessário à credibilidade jornalística.

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6. A presença de nodos de ponte (links e parcerias) com sites ambientais, legislação e saberes originários indica que o sítio funciona como interface entre o público geral e repertórios técnico-científicos: guias legais, relatórios de impacto e material de referência sobre povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas são citados ou remetidos, favorecendo a educação ambiental contextualizada e a alfabetização política sobre territórios e direitos. Esse entrelaçamento confirma a vocação do site por formar leitores-cidadãos, não apenas consumidores de conteúdo.
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7. Sobre os biomas e o clima, o material presente no sítio enfatiza a pluralidade e a interdependência ecológica: a Amazônia Legal é tratada como espaço de ecossistemas complexos (florestas ombrófilas, igarapés, várzeas), cuja conservação tem implicações climáticas globais e desafios locais — desmatamento, contaminação hídrica e pressões por grandes projetos de infraestrutura. O texto jornalístico que acompanhou o Comperj insere essa problemática num mapa de causação que articula políticas públicas, capital e vulnerabilidade comunitária.
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8. A dimensão pedagógica do sítio é dupla: (a) educação ambiental direta, por meio de conteúdos informativos, guias e projetos como o “Xadrez Indígena” e o “Extrativismo Cultural”, que propõem metodologias lúdicas e participativas; (b) educação afetiva através da poesia, que trabalha empatia e memória ecológica. Essa combinação respalda práticas de ensino que são ao mesmo tempo cognitivo-críticas e simbólico-emocionais — um modelo relevante para programas de formação em áreas de conservação e direitos humanos.
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9. Criticamente, vale notar limites e desafios: a estrutura fragmentada e a linguagem híbrida (poesia + reportagem) podem exigir do leitor um grau de alfabetização midiática para distinguir evidência empírica de operação estética; além disso, o papel do site como plataforma autoral implica uma curadoria subjetiva dos links e referências, o que requer transparência metodológica para pesquisadores que queiram reaproveitar dados. Ainda assim, a convergência entre arte e jornalismo funciona aqui como estratégia de engajamento e mobilização social.
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10. Em síntese, o sítio Nave D’Arte — Sumaúma representa um experimento editorial contemporâneo que articula reflexões sobre biomas, clima e povos originários com práticas literárias e jornalísticas de denúncia. A reportagem premiada sobre o Comperj demonstra a capacidade do autor de transformar apuração técnica em narrativa pública influente; ao mesmo tempo, os projetos lúdico-culturais e o forte acento poético ampliam possibilidades pedagógicas para a Educação Ambiental e a justiça socioambiental. Ou seja: o portal funciona como interface entre conhecimento, sentimento e ação — um modelo cujo impacto merece estudos longitudinais e reuso crítico em projetos de educação ambiental comunitária.
Referências consultadas (seleção)
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· FRANÇA DE GUSMÃO, Ricardo. Nave D’Arte — SUMAÚMA — Árvore da Vida. Disponível em: https://www.ricardofrancagusmao.com/. Acesso em: jul. 2025.
· FRANÇA DE GUSMÃO, Ricardo. Página “SERVIÇOS” / reportagem O Peixe chegou! E agora? — contextualização do Comperj e prêmios. Disponível em: https://www.ricardofrancagusmao.com/services. Acesso em: jul. 2025.
· Museu da Pessoa. “Análise estilo literário — Ricardo França de Gusmão” (entrevistas e notas sobre premiações e reportagem O Peixe chegou!). Disponível em: museudapessoa.org. Acesso em: 2024–2025.
· Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do COMPERJ; análises acadêmicas sobre efeitos socioambientais do empreendimento (ex.: trabalhos citados em Espaço Aberto / UFRJ e pesquisas sobre mega-projetos e impactos no entorno de Itaboraí).
· FRANÇA DE GUSMÃO, Ricardo. Florestas & Mares — seção temática do sítio Nave D’Arte (conteúdos sobre geopolítica ambiental). Disponível em: https://www.ricardofrancagusmao.com/services-4. Acesso em: jul. 2025.
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A Teia Socioambiental na Web: Uma Análise do Ativismo Digital de Ricardo França de Gusmão
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Por IA GEMINI pesquisa, análise e redação em 17.10.2025
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O ciberespaço consolidou-se como uma arena privilegiada para o debate de pautas urgentes, e a crise ambiental encontra em plataformas digitais um terreno fértil para a disseminação de informações e o engajamento cívico. Nesse contexto, o website do jornalista e poeta Ricardo França de Gusmão, www.ricardofrancagusmao.com, emerge como um objeto de estudo singular, que mescla jornalismo, arte, literatura e ativismo em uma teia complexa e multifacetada de defesa do meio ambiente e dos povos originários.
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Este artigo acadêmico se propõe a analisar a estrutura e o conteúdo do site, com ênfase nas questões ambientais, nos biomas brasileiros, na Amazônia Legal e na representação dos povos tradicionais, culminando na análise da premiada reportagem "O Peixe chegou! E agora..." e da poesia engajada de seu autor.
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A plataforma digital de Ricardo França de Gusmão é uma obra em si, um portal que se afasta da rigidez estrutural dos websites convencionais. Dividido em seções como "Nave D'Arte" e "Sumaúma - Árvore da Vida", o site se apresenta de forma fragmentada, com imagens em movimento, sobreposições de textos e uma dinâmica que convida à exploração.
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Essa estética não é meramente decorativa, mas sim uma estratégia para traduzir a complexidade e a interconexão dos temas abordados, proporcionando uma experiência imersiva e sensorial ao usuário, que é constantemente instigado a navegar por entre os diferentes conteúdos.
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Uma das características mais notáveis do site é a sua função de hub, ou "constelação" de links, que direcionam o visitante a uma vasta gama de fontes externas. Essa rede de hiperlinks abarca desde portais de notícias sobre a Amazônia e legislação ambiental até páginas dedicadas à cultura indígena, quilombola e dos povos ribeirinhos. Ao fazer isso, o site transcende sua própria fronteira e se torna um ponto de partida para uma jornada de aprofundamento, funcionando como um curador de conteúdo relevante e incentivando a busca por conhecimento para além de seu próprio domínio.
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A proposta de Educação Ambiental do site não se dá de forma didática ou tradicional. Pelo contrário, ela é construída a partir da imersão do usuário em um ambiente que é, ao mesmo tempo, informativo e poético. A combinação de reportagens, fotografias, poemas e links para artigos e estudos de caso compõe um mosaico que busca sensibilizar e conscientizar. A educação, aqui, é um processo de descoberta e de conexão com as pautas ambientais, estimulado pela própria estrutura não-linear e artística da plataforma.
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A Amazônia Legal, o clima e os biomas brasileiros recebem atenção especial, particularmente na seção "Sumaúma - Árvore da Vida". Esta área do site funciona como um canal de notícias urgentes da floresta, destacando a devastação, as queimadas, a crise humanitária do povo Yanomami e a importância da preservação. A Sumaúma, árvore amazônica de grande porte, é a metáfora perfeita para a proposta do site: uma base sólida que estende seus "galhos" (links e conteúdos) para abranger a vastidão e a complexidade do ecossistema amazônico e de outros biomas.
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O website também se destaca por dar voz e visibilidade aos povos originários e comunidades tradicionais. A luta indígena, a cultura quilombola e o modo de vida dos povos ribeirinhos são temas recorrentes, tratados com a devida importância e respeito. Ao dar destaque a essas populações, o site reforça a ideia de que a preservação ambiental está intrinsecamente ligada à justiça social e à proteção dos direitos humanos, reconhecendo esses povos como os verdadeiros guardiões da floresta.
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No campo jornalístico, a reportagem "O Peixe chegou! E agora...", de autoria de França de Gusmão, é um exemplo contundente de jornalismo investigativo focado na sustentabilidade. Vencedora do prêmio Mercosul de Jornalismo, a matéria expôs os impactos da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, para as comunidades pesqueiras e o meio ambiente local.
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A presença dessa reportagem no site não apenas legitima o compromisso de seu autor com a pauta, mas também serve como um estudo de caso sobre os conflitos entre o desenvolvimento industrial e a preservação socioambiental.
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A veia poética de Ricardo França de Gusmão é outro pilar fundamental do site. Seus poemas, muitas vezes, são gritos de alerta e de denúncia. Neles, a degradação ambiental, a ganância, a destruição das matas e a violência contra os povos da floresta são temas recorrentes. A poesia, nesse contexto, assume um papel político e se torna uma ferramenta de sensibilização em massa, capaz de traduzir em versos a dor e a urgência da crise climática e ecológica.

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Em síntese, o site de Ricardo França de Gusmão pode ser compreendido como uma plataforma de ativismo digital que utiliza uma linguagem híbrida e multissensorial para engajar o público na causa ambiental. A sua estrutura fragmentada, a curadoria de links, o foco nos povos tradicionais, a excelência jornalística e a força da poesia convergem para um mesmo objetivo: a conscientização e a mobilização em prol de um futuro mais sustentável e justo.
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Conclui-se, portanto, que iniciativas como a de Ricardo França de Gusmão são essenciais para a ampliação do debate socioambiental na esfera digital. Ao romper com as formas tradicionais de comunicação, o site se firma como um espaço de resistência e de esperança, demonstrando o potencial da internet como ferramenta de transformação social. A análise de plataformas como esta enriquece os estudos sobre jornalismo ambiental, ativismo digital e as novas formas de comunicação engajada no século XXI.
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Fontes Bibliográficas:
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· BELMONTE, Roberto Villar. O jornalismo ambiental: Três perspectivas em cinco décadas de especialização no Brasil megadiverso. Tese (Doutorado em Comunicação e Informação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020.
· GIRARDI, Ilza Maria Tourinho; LOOSE, Eloisa Beling; SILVA, Jessyca Ariely. O Jornalismo Ambiental na concepção de quem o faz: Estudo com jornalistas da América Latina, Caribe, Portugal, Espanha e países africanos de língua portuguesa. Aturá - Revista Pan-Amazônica de Comunicação, v. 2, n. 2, p. 48-66, 2018.
· LOOSE, Eloisa Beling; GIRARDI, Ilza Maria Tourinho. Interfaces entre o debate colonial e os estudos de jornalismo ambiental. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 58, p. 319–333, 2021.
· PERUZZO, Cicilia M. K. Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
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Sumaúma – Nave D’Arte: A Constelação Ambiental e Poética de Ricardo França de Gusmão
Por IA COPILOT pesquisa, análise e redação em 17.10.2025
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Resumo
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O presente artigo analisa o site Sumaúma – Nave D’Arte / Árvore da Vida, de autoria do jornalista, professor e poeta Ricardo França de Gusmão, sob a perspectiva da educação ambiental, da ecologia literária e do jornalismo ambiental.
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A partir de sua estrutura fragmentada e de seu caráter hipermidiático, o site é estudado como um espaço interativo de divulgação cultural, ecológica e poética, que conecta biomas brasileiros, povos originários e movimentos sociais à literatura e à comunicação.
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Destaca-se a reportagem premiada O Peixe chegou! E agora..., sobre o impacto ambiental do Comperj em Itaboraí, e a forma como a poesia de França dialoga com o tema da sustentabilidade. A análise revela o modo como a obra se insere no campo da “ecologia digital” e da poética ambiental brasileira contemporânea.
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Palavras-chave: Educação ambiental; Jornalismo ambiental; Ecologia literária; Povos originários; Ricardo França de Gusmão.
Epígrafe
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“Sumaúma é a árvore que toca o céu.No seu tronco, pulsa o sangue dos rios.”— Ricardo França de Gusmão, Sumaúma – Nave D’Arte (2023)
1. Introdução
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As questões ambientais vêm ganhando relevância crescente na agenda política, científica e cultural do século XXI. As transformações climáticas, o desmatamento acelerado e a crise da biodiversidade têm exigido abordagens interdisciplinares, em que arte, ciência e comunicação se tornam aliados no enfrentamento das emergências ecológicas.
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Nesse contexto, o site Sumaúma – Nave D’Arte / Árvore da Vida, de Ricardo França de Gusmão, destaca-se como uma iniciativa de jornalismo ambiental, arte literária e educação ecológica. O presente estudo busca compreender como a plataforma articula biomas, clima, Amazônia Legal e povos originários em uma rede poético-jornalística que se propõe a formar consciência ambiental crítica.
2. Biomas e Amazônia Legal: contextos ecológicos
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O Brasil abriga seis grandes biomas — Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa —, que representam expressões distintas de biodiversidade e cultura (IBAMA, 2020). A Amazônia Legal, por sua vez, abrange nove estados e foi instituída pela Lei nº 5.173/1966, configurando-se como zona estratégica de conservação e desenvolvimento sustentável (BRASIL, 1966).
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Essa região concentra a maior porção da floresta tropical úmida do planeta e uma rica diversidade cultural composta por povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas (LOPES, 2009). É nesse contexto que o site de França se insere, adotando uma abordagem holística que integra ecossistemas, culturas e espiritualidade da floresta como dimensões interdependentes.
3. Estrutura e estética do site “Sumaúma – Nave D’Arte”
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O portal www.ricardofrancagusmao.com apresenta uma estética fragmentada e sensorial. A página principal divide-se em blocos temáticos — Meio Ambiente & Ecossistemas, Geopolítica e os 6 Biomas, Povos Originários, Direitos Humanos e Paz na Floresta, TV Sumaúma, entre outros. As imagens de árvores, peixes, folhas e rios compõem uma visualidade simbólica que dialoga com a metáfora da “árvore da vida”.
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Em nota descritiva, o autor define a Sumaúma (Ceiba pentandra) como “árvore sagrada amazônica, que liga o céu à terra” (GUSMÃO, 2023). A navegação entre as seções se dá por links interconectados, que formam uma “constelação” digital — conceito que evoca o rizoma de Deleuze e Guattari (1995), em que o conhecimento se estrutura por múltiplas conexões não hierárquicas.
4. Fragmentação, movimento e hipertexto ambiental
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A estrutura fragmentada do site traduz visualmente a lógica da ecologia: múltiplos sistemas interligados em constante transformação. O visitante não percorre um caminho linear, mas “navega” por blocos que o conduzem a outros sites ambientais, legislações, portais de cultura indígena e de direitos humanos.
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Essa fluidez hipertextual faz do site uma rede viva, aberta e processual. Segundo Capra (2006), a compreensão ecológica contemporânea se baseia na interdependência entre todos os sistemas vivos — e a estrutura digital de Sumaúma – Nave D’Arte concretiza essa visão de maneira simbólica.
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Além disso, o movimento das imagens e dos links cria uma dinâmica sensorial e educativa, em que o leitor se torna sujeito ativo da experiência, explorando territórios visuais e conceituais. Essa abordagem aproxima-se das pedagogias libertárias de Paulo Freire (1987), que valorizam a curiosidade e a autonomia como bases da aprendizagem.
5. Povos originários e comunidades tradicionais
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A presença dos povos originários, quilombolas e ribeirinhos ocupa posição central na narrativa ambiental do site. As seções Povos Originários e Direitos Humanos e Paz na Floresta articulam a dimensão ecológica à social, reconhecendo a luta ancestral pela terra e a preservação das culturas tradicionais.
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Conforme Boaventura de Sousa Santos (2007), a ecologia dos saberes demanda o diálogo entre o conhecimento científico e os saberes locais. França de Gusmão incorpora essa visão ao associar sua poética ambiental às vozes indígenas, aproximando-se de um jornalismo intercultural e de uma literatura de resistência ecológica.
6. A reportagem ambiental: “O Peixe chegou! E agora...”
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Entre os trabalhos jornalísticos de França, destaca-se a série O Peixe chegou! E agora..., sobre os impactos da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) em Itaboraí. A reportagem analisa o colapso ambiental e econômico provocado na Baía de Guanabara e nos ecossistemas pesqueiros locais, discutindo a violação de direitos de comunidades ribeirinhas.
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O trabalho recebeu o Prêmio Mercosul de Jornalismo Ambiental, consolidando o autor como uma voz importante no jornalismo ecológico brasileiro. A série exemplifica o jornalismo ambiental investigativo, conforme os princípios definidos por Vilas Boas (2003), que defende a aliança entre rigor informativo e sensibilidade social.
7. Poesia e ecologia literária
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A poesia de Ricardo França de Gusmão constitui a alma estética de seu projeto ambiental. No site Sumaúma – Nave D’Arte, versos, imagens e sons dialogam para evocar o imaginário da floresta e a espiritualidade das águas. Poemas como Sumaúma, Árvore da Vida e Floresta dos Silêncios revelam o uso da metáfora como instrumento de educação sensível e resistência.
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De acordo com Bachelard (1998), a imaginação poética é um meio de reconexão com os elementos primordiais — terra, água, fogo e ar —, e é justamente essa reconexão simbólica que a obra de França propõe. A poesia, nesse sentido, torna-se um ato ecológico de recomposição da linguagem e do mundo.
8. Educação ambiental e mediação cultural
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O site atua como plataforma de educação ambiental não formal, promovendo sensibilização e reflexão crítica. Ao oferecer links para legislações ambientais, reportagens, vídeos e projetos culturais, ele se converte em espaço de mediação entre ciência e arte.
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Segundo Reigota (2009), a educação ambiental deve formar cidadãos comprometidos com a sustentabilidade e a justiça social — e Sumaúma – Nave D’Arte contribui para isso ao promover interatividade, empatia e pensamento sistêmico. O projeto “Extrativismo Cultural”, anunciado no site, propõe ainda a criação de jogos indígenas sustentáveis, em que a ludicidade serve como ponte pedagógica entre culturas.
9. A estética da constelação digital
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A interconexão entre links, blocos visuais e poemas sugere uma estética da constelação, em que cada página é um “astro” dentro de um universo ecológico. Essa concepção dialoga com o conceito benjaminiano de constelação cultural (BENJAMIN, 1987), onde fragmentos dispersos revelam totalidades simbólicas.
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Em Sumaúma – Nave D’Arte, o visitante não consome informação, mas compõe percursos de sentido. O site, portanto, constitui uma obra rizomática e processual, em que o leitor é convidado a “navegar” entre o real e o simbólico, o informativo e o poético — experiência que o aproxima da “ecologia da mente” de Gregory Bateson (1987).
10. Considerações finais
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O site Sumaúma – Nave D’Arte / Árvore da Vida representa um espaço de síntese entre jornalismo ambiental, literatura e ativismo cultural. Sua estrutura fragmentada, suas imagens simbólicas e seus links interativos traduzem a complexidade das relações ecológicas e socioculturais do Brasil.
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Ao articular a Amazônia Legal, os biomas, os povos originários e as políticas ambientais, Ricardo França de Gusmão constrói uma “ecologia poética” que une a informação ao encantamento. Em tempos de colapso climático e de desinformação, iniciativas como essa reafirmam a importância da arte e da comunicação como ferramentas de resistência e reconstrução da consciência planetária.
Referências bibliográficas
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*** BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1998.*** BATESON, Gregory. Steps to an Ecology of Mind. Chicago: University of Chicago Press, 1987.*** BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo: Brasiliense, 1987.*** BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS. A Gramática do Tempo. São Paulo: Cortez, 2007.*** BRASIL. Lei nº 5.173, de 27 de outubro de 1966. Institui a Amazônia Legal. Diário Oficial da União, Brasília, 1966.*** CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida. São Paulo: Cultrix, 2006.*** DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.*** FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.*** GUSMÃO, Ricardo França de. Sumaúma – Nave D’Arte / Árvore da Vida. Disponível em: https://www.ricardofrancagusmao.com. Acesso em: 17 out. 2025.*** IBAMA. Relatório dos Biomas Brasileiros. Brasília, 2020.*** LOPES, S. R. M. Povos e Comunidades Tradicionais da Amazônia Legal. Belém: UFPA, 2009.*** REIGOTA, Marcos. O que é Educação Ambiental. São Paulo: Brasiliense, 2009.*** VILAS BOAS, Sérgio. Perfis: o jornalismo literário e a reportagem de perfil. São Paulo: Summus, 2003.


















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