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ELEFANTE

Foto do escritor: AdminAdmin

Atualizado: 1 de dez. de 2022





ELEFANTE

Ricardo França de Gusmão

20. 11.20222


Me tornei um elefante

voo em árvores

e ser do ar e da terra

com erro de de digitação

me arde


É difícil ser elefante

Ter tromba

Num mundo de narizes

Minha tromba

Por vezes cicatrizes

Faz-me diferente


Por isso trombo

Sou fora do contexto

Sou elefante

Fora do eixo


Os livros estão cá dentro

Mas estou cego das letras

Há um ladrão em mim

Que me furta


O chão da cozinha alagada

Me avança a queda brusca


Mas sou elefante


Minha tromba me triunfa

Como o word

Meu mastodonte


Assim fico bonito

Nessa casa vazia

Minha savana

Último da espécie

Da carne

Boca alguma me morde

E esse poder ante-morde

Meu inteticida

É suco de laranja


Enquanto eu conseguir

Escrever poesia da dor

Serei o elefante

Da

Hipocrisia

Do frio que há no calor

Que me tromba

]minha tromba


Você sace o quanto

É ser feliz

Com tanta infelicidade

No nariz?

 
 
 

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