
ELEFANTE
Ricardo França de Gusmão
20. 11.20222
Me tornei um elefante
voo em árvores
e ser do ar e da terra
com erro de de digitação
me arde
É difícil ser elefante
Ter tromba
Num mundo de narizes
Minha tromba
Por vezes cicatrizes
Faz-me diferente
Por isso trombo
Sou fora do contexto
Sou elefante
Fora do eixo
Os livros estão cá dentro
Mas estou cego das letras
Há um ladrão em mim
Que me furta
O chão da cozinha alagada
Me avança a queda brusca
Mas sou elefante
Minha tromba me triunfa
Como o word
Meu mastodonte
Assim fico bonito
Nessa casa vazia
Minha savana
Último da espécie
Da carne
Boca alguma me morde
E esse poder ante-morde
Meu inteticida
É suco de laranja
Enquanto eu conseguir
Escrever poesia da dor
Serei o elefante
Da
Hipocrisia
Do frio que há no calor
Que me tromba
]minha tromba
Você sace o quanto
É ser feliz
Com tanta infelicidade
No nariz?
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